mikado

As tuas lágrimas sabem a açúcar mascavado, que se derretem na ponta dos meus dedos quando tento sacudir esse desespero salgado da tua pele. Aperto-te contra o meu corpo, segredo-te com um beijo que estarei sempre aqui, agarro as tuas mãos manchadas com torrões de areia morena e aninho-as entre as minhas, os meus olhos embalam os teus, o teu rosto foi o primeiro que vi e é esse que eternamente recordarei. As minhas palavras acompanham as tuas lágrimas em ponto pérola, “o que serei eu para ti, o que seremos nós sem nós, o que serei eu sem ti”, e ofereço-te esta frase arrancada a um poema que um dia escrevi a um amor que nunca esqueci.