Vi-te ainda ontem, sem te querer ver, igual à primeira recordação que tenho de ti, encostado ao balcão, em que apenas havia um tu e eu num mar de gente sem rosto, em que te abordei com a toda a minha espontaneidade e tu, com o buço húmido, disseste que não dançavas mas dançamos os dois, na nossa cumplicidade. Puseste o teu sorriso na minha mão, o teu olhar rasgado entre dúvidas e certezas acolheu-me e ficamos assim, abraçados um ao outro, até nos apercebermos que afinal cada um abraçava-se a si próprio. Pedi-te vezes demais para me sonhares, mas o teu mundo fechou-se, as minhas palavras tornaram-se mudas, distanciaste-me até te ter perdido de vista.
E agora estou aqui, a escrever sobre nós, sobre um eu e um tu que se perderam, que talvez nunca se tenham chegado a encontrar, perguntam-me se já ultrapassei, sim já ultrapassei, mas é ver ali esperanças perdidas, um futuro apagado, um presente que insiste em não avançar e um coração cada vez mais vazio de tão fechado que está.
O comércio fecha todos os anos para balanço, corações feridos fecham para obras.
Espero q as tuas sejam rápidas !
1 bjo
(q estúpida analogia... é segunda.)
Não vou fazer uma analogia estúpida, porque é de sentimentos que se fala...
Não vou dizer que, apesar de me sentir identificado com o que escreves, sei do que falas...
Nem vou comentar sequer... Sabes que gosto muito de ti não sabes?
Então... se e quando precisares...
Beijo bom!