Regressas com um adeus no olhar, com a mão a cumprimentar e ao mesmo tempo a acenar para uma audiência que seca as suas saudades num lenço branco. Não sabes se ficas ou se vais, se deves ficar, se queres ficar, se te apetece antes fugir, numa fuga consentida com o pretexto de um bem comum, muito mais aceitável e altruísta do que a vergonhosa vontade de fugir, porque simplesmente está-se cansado, da rotina, de se contrariar, de viver uma vida que pertence aos outros, mas enganaste-te, a voz dos outros é apenas a nossa, e essa é a mais difícil de calar!
E sofre-se porque se foge, mas também se sofre porque se fica, a liberdade que vem de dentro é muito mais difícil de alcançar do que aquela que pertence ao exterior, cito-te as palavras de um escritor, de que o expoente máximo da liberdade é ser-se livre dentro de uma prisão. E porque nós somos a nossa maior prisão, aceitarmo-nos, não nos contrariarmos, seja talvez o expoente máximo para conseguirmos essa tão desejada liberdade e quando assim o conseguires, talvez fiques, porque já não precisas de fugir...

A ti, a quem gostava de amar um pouco melhor, mas não sei como!

1 Responses to “Té”

  1. # Blogger Sandro

    Há pessoas a quem o sol causa tormento e a chuva é igual a bem estar...
    Há outras a quem a chuva causa lamento, e o sol lhes aquece o despertar...
    Temos de saber aceitá-las como são também, porque com umas vamos andar à chuva, e com outras vamo-nos sentar ao calor de uma esplanada!
    Mas são diferenças que apenas vamos compreender, quando nos compreendermos a nós mesmos.
    Então isso será sempre o mais importante..
    Beijo meu  

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