O teu olhar, reconheço-o todos os dias que já passaram por mim sem ti, com as pestanas a tocarem-se e as pálpebras caídas, lembro a expressão dos teus olhos contida no meu sorriso, cada ruga que conta um sonho, cada erguer de sobrancelha que conta um desejo, cada dilatar de pupila que conta o quanto me sentias. Eras ou ainda és (esta tendência de se falar no pretérito imperfeito de quem já não faz parte da nossa vida, mas desconfio que qualquer pretérito é imperfeito!) arrebatador, envolvias-me no abraço e devolvias-me o teu encantamento. Aprendi tanto junto a ti, vorazmente consumia cada palavra tua, cada pensamento teu e tu divertias-te comigo, é disso que mais intensamente me lembro, da tua gargalhada forte que estremecia a minha quietude, quase em uníssono com a minha.
Como te posso eu esquecer, se cada palavra, cada gesto, foram roubados de ti, por vezes penso que tenho o teu rosto, esses lábios em forma de amêndoa que me sussuravam ternura e dançavam nos meus, depositando os teus sonhos em cada beijo. Não me peças isso, tudo menos isso, para te esquecer, não quero. E tu, será que já me esqueceste, será que se te cruzares comigo na rua vais vacilar em me falar, talvez por nem sequer recordares o meu nome...o teu, reconheço-o constantemente, vejo-o em todo os letreiros, em todas as publicidades, nas figuras geométricas da calçada, toda a gente tem teu nome...até no outro dia, quando me perguntaram como me chamava, inadvertidamente disse o teu nome…
Tenho saudades, muitas, a tua ausência consentida tirou o paladar aos meus dias, sublimaste-lhes o odor, tingiste-os de nada e deixaste o tempo suspenso num instante. Disseste-me para não te lembrar porque as saudades queimam e, não posso deixar de te dar razão, incendiaste-me por dentro, tornaste-te lembrança que não se extingue, que vai inflamando o meu peito de desencantamento.
Como te posso eu esquecer, se cada palavra, cada gesto, foram roubados de ti, por vezes penso que tenho o teu rosto, esses lábios em forma de amêndoa que me sussuravam ternura e dançavam nos meus, depositando os teus sonhos em cada beijo. Não me peças isso, tudo menos isso, para te esquecer, não quero. E tu, será que já me esqueceste, será que se te cruzares comigo na rua vais vacilar em me falar, talvez por nem sequer recordares o meu nome...o teu, reconheço-o constantemente, vejo-o em todo os letreiros, em todas as publicidades, nas figuras geométricas da calçada, toda a gente tem teu nome...até no outro dia, quando me perguntaram como me chamava, inadvertidamente disse o teu nome…
Tenho saudades, muitas, a tua ausência consentida tirou o paladar aos meus dias, sublimaste-lhes o odor, tingiste-os de nada e deixaste o tempo suspenso num instante. Disseste-me para não te lembrar porque as saudades queimam e, não posso deixar de te dar razão, incendiaste-me por dentro, tornaste-te lembrança que não se extingue, que vai inflamando o meu peito de desencantamento.
E continuo a reconhecer o teu olhar, em cada dia que passa por mim sem ti, em cada saudade, que são muitas.
"Também" tenho saudades tuas...
Mas esta semana tou de volta!
Beijo bom,
Venho aqui todos os dias à espera de algo novo...
Resta-me a esperança de que um dia chego e terás passado por aqui, e deixado rasto...
Beijo enorme, e doce, e bom,
e o amor. sempre. o amor.
pretérito rarefeito.
abraço.
João
os dias das noites.